quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Alforria emocional

Por que fazemos da vida um bicho de sete cabeças?











Ouvimos sempre as frases prontas que viver é muito bom,ou o contrário, como dizia o mestre em juntar palavras, Renato Russo, em sua resposta óbvia, viver é foda, viver é difícil!Mas por que fazemos da vida um bicho de sete cabeças?
Quando buscamos o amor, queremos o perfeito, quando não são perfeitos, queremos nos livrar dele, e quando nos livramos sofremos por isso,as buscas na vida são incessantes, buscamos o corpo perfeito, o carro do ano, o cabelo liso associado ao bronzeado quero todos os raios UV, e nisso o nosso tempo vai passando...
Na verdade, vida deveria se chamar busca, buscamos não envelhecer, e buscamos ser inteligentes na mocidade e rápidos na velhice, temos sede de viver ou sede de buscar? nosso interior clama por novidades e quando elas chegam, já estão passadas pra nós.Muitas vezes nos afastamos de pessoas maravilhosas por que temos medo de sofrer de amor, e não há sentimento mais dolorido que sofrer de amor.E como sabemos que estamos vivos e não mecenicamente guiados? Quando sofremos. Seja por dor ou seja por amor.Mas o sofrimento não faz parte da nossa busca, é só uma agonia que nos consome vivos.
Aprendemos desde pequenos o certo , o errado e o mais ou menos certo e na prática nada funciona.
Cresci ouvindo falar que manga com leite matava, e hoje é meu suco preferido,já quebrei o nariz da minha irmã por que não desvirou um chinelo de cabeça pra baixo e eu acreditava que minha mãe morreria por aquilo,então por que vivemos a vida inteira com medo da morte? por que viver é sempre tão complicado?
Quando estamos apertados finaceiramente sofremos, quando saímos do buraco procuramos mudar de casa de carro e entramos no buraco de novo, quando o certo seria curtir o que sobrasse ou simplesmente guardar, mas não ...está lá o tal bicho de sete cabeças a querer nos perseguir de novo...
Trabalhamos a vida toda, juntamos e queremos casas lindas para no final morrer e ainda deixar herdeiros revoltados por que deixamos pouco e o pai de fulano de tal deixou muito mais,a vida deveria ser eterna, ou simplesmente ser simples, ser um café da manhã com calma, uma tarde com brisa, e uma noite com pés entrelaçados em baixo do lençol...
Como diria Gonzaguinha, somos nós que fazemos a vida, como der , ou vier ou puder? e por que fazemos dela um monstro algoz? 
seria tão bom só viver, sem lenço, sem documento, sem mágoas, sem esperas e simplesmente, sem buscas.

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