Comentário do escritor ,jornalista renomado e respeitabilíssimo membro da academia Paraibana de letras Carlos Aranha
Opinião
CARLOS ARANHA
Transcrito do “Correio da Paraíba”
Quarta-feira, 27 de Abril de 2011
Palavras sem fronteiras
A latino-americanidade sempre foi uma das bandeiras de fortalecimento da cultura dos países abaixo da América do Norte, que, com poucas exceções, dialogam entre si nesse sentido. Nem mesmo o rigor das ditaduras nos anos 70 isso impediu. Nem o atual governo Hugo Chávez, que não incluiu a cultura em sua falta de diálogo com países que não lhe são simpatizantes. Em Cuba, sempre houve a aceitação da interatividade cultural, já antes do regime de Fidel Castro, que não exerce uma censura mão-de-ferro como costumam dizer alguns intelectuais de peso. Em Havana, por exemplo, no auge do regime socialista, encontraram-se cineastas liberais como Jean-Luc Godard e Michelangelo Antonioni.
Uma das maiores e constantes ligações culturais entre países da América do Sul é a do Brasil com a Argentina. Domingo próximo, durante a Feira do Livro de Buenos Aires será apresentada a antologia bilíngüe “Palavras sem fronteiras”/”Palabras sin fronteras”, fruto do talento e insistência da escritora Izabelle Valladares, com apoio do Poetas del Mondo. Mas, o lançamento oficial será em 12 de maio, na Livraria Eterna Cadencia, uma das mais tradicionais de Buenos Aires. No Brasil, em 10 de junho, junto com a premiação do Salão de Artes da Associação Fluminense de Belas Artes.
Entre os autores brasileiros, da Paraíba foram escolhidos dois poetas que bem nos representam na iniciativa: Leo Barbosa e Jô Mendonça. Autor de “Versos versáteis” (que tive o orgulho de prefaciar), Leo Barbosa em 2009 iniciou o projeto Difusão Perseverante, divulgando seus livros e estimulando o gosto pela literatura em conversas nas escolas, já tendo interagido com cerca de 20 mil pessoas. Psicóloga da UFPB, Jô Mendonça chegou a ser publicada no livro internacional “Ponte dos sonhos”, lançado na Feira de Frankfurt, na Alemanha.
Leo e Jô criam e divulgam palavras sem fronteiras. Todos os outros poetas da antologia estão nesse belo caminho.
(*) CARLOS ARANHA é jornalista, escritor e Membro da Academia Paraibana de Letras
CARLOS ARANHA
Transcrito do “Correio da Paraíba”
Quarta-feira, 27 de Abril de 2011
Palavras sem fronteiras
A latino-americanidade sempre foi uma das bandeiras de fortalecimento da cultura dos países abaixo da América do Norte, que, com poucas exceções, dialogam entre si nesse sentido. Nem mesmo o rigor das ditaduras nos anos 70 isso impediu. Nem o atual governo Hugo Chávez, que não incluiu a cultura em sua falta de diálogo com países que não lhe são simpatizantes. Em Cuba, sempre houve a aceitação da interatividade cultural, já antes do regime de Fidel Castro, que não exerce uma censura mão-de-ferro como costumam dizer alguns intelectuais de peso. Em Havana, por exemplo, no auge do regime socialista, encontraram-se cineastas liberais como Jean-Luc Godard e Michelangelo Antonioni.
Uma das maiores e constantes ligações culturais entre países da América do Sul é a do Brasil com a Argentina. Domingo próximo, durante a Feira do Livro de Buenos Aires será apresentada a antologia bilíngüe “Palavras sem fronteiras”/”Palabras sin fronteras”, fruto do talento e insistência da escritora Izabelle Valladares, com apoio do Poetas del Mondo. Mas, o lançamento oficial será em 12 de maio, na Livraria Eterna Cadencia, uma das mais tradicionais de Buenos Aires. No Brasil, em 10 de junho, junto com a premiação do Salão de Artes da Associação Fluminense de Belas Artes.
Entre os autores brasileiros, da Paraíba foram escolhidos dois poetas que bem nos representam na iniciativa: Leo Barbosa e Jô Mendonça. Autor de “Versos versáteis” (que tive o orgulho de prefaciar), Leo Barbosa em 2009 iniciou o projeto Difusão Perseverante, divulgando seus livros e estimulando o gosto pela literatura em conversas nas escolas, já tendo interagido com cerca de 20 mil pessoas. Psicóloga da UFPB, Jô Mendonça chegou a ser publicada no livro internacional “Ponte dos sonhos”, lançado na Feira de Frankfurt, na Alemanha.
Leo e Jô criam e divulgam palavras sem fronteiras. Todos os outros poetas da antologia estão nesse belo caminho.
(*) CARLOS ARANHA é jornalista, escritor e Membro da Academia Paraibana de Letras